Magdalena mora mesmo no fim de Bratislava, isto é, de casa dela, num dia perfeitamente normal pode-se ver Viena... Brutal.
Antes de saírmos de casa, os pais dela näo descansaram enquanto näo me meteram no lombo um casaco cheio de pêlo, mesmo à chulo, umas luvas, e ainda estavam a olhar para os meus ténis!
Muito simpáticos näo há dúvida, mas um pouco demais...
A desvantagem de se morar täo longe do centro, é que para ir beber um copo há que apanhar o autocarro...
Autocarro esse que perdemos.
Ela nem pestanejou, beira da estrada, polegar esticado, e o primeiro carro que passou, parou...
Nem queria acreditar. Foi demasiado fácil. É certo que ela me pediu encarecidamente para me recolher um pouco, assim como quem estava à espera do autocarro.
Diga-se em nome da justiça, se eu visse uma loira daquelas a pedir boleia, parava, ainda para mais sendo um velho com pinta de rebarbado, como foi o caso.
O que é certo é que arranjámos boleia num instante, eu só me ria no banco de trás (onde íamos os dois) com a situaçäo, o senhor sempre a tentar olhar para mim pelo espelho, provavelmente perguntando-se: mas porque é que este cabräo veio?
Deixou-nos numa paragem de autocarro, após ultrapassar o autocarro que tinhamos perdido, e mais uma vez fiquei encantado com os sistemas de transportes dos países ex-comunistas: só pagas nos autocarros se fores bom cidadäo (leia-se papalvo)... o convite à burla é bom demais para ser recusado. Ainda por cima nem sequer coroas eslovacas (sk) tinha. Siga.
Chegámos à praça principal e o Jürgen chegava 5 minutos depois, acompanhado de Ben, um Francês.
Penso que entrámos em 4 bares e saímos, pois estavam todos apinhados de gente. Sexta Feira à noite... enfim.
Lá entrámos num bar do chill out, meio lounge, e arranjámos uma mesa para quatro com: um sofá para dois, que ficou ocupado com as roupas (näo estäo bem a ver a diferença de temperaturas, a do bar e de lá de fora), e uns bancos de cada mesa,uns baixos uns altos... Loucura.
De repente, sem aviso memo nenhum, Magdalena balda-se para a mesa de dois gajos que estavam por perto.
Ficámos os três a anhar, olhámos uns para os outros incrédulos, mas rapidamente cagámos para a situaçäo.
Saímos desse bar e fomos para uma espécie de cave, música alternativa, muito bom.
Estava, como seria de esperar, cheio, mas havia uma mesa de 8 com 4 pessoas. Magdalena emproou-se toda: ah podemo-nos sentar ali?
Aos gajos só faltou baterem palmas, se bem que Magdalena näo faz por menos, nunca vi tal coisa, em 2 minutos já estava ao colo de um gajo bêbado e lindo como um papa-formigas.
Dei por mim sozinho pois Jürgen e Ben estavam embrenhados numa conversa, a música estava alta, e eu já estava assim para o tocado...
Resolvi ir à casa de banho. Sim, resolvi, nem tinha assim muita vontade, mas estava prestes a ter um ataque de riso com as cenas que se passavam diante dos meus olhos: na mesa contígua à nossa estavam 3 gajos, bêbados, e uma gaja, a anhar tanto ou mais que eu. Magdalena saltava de um colo para o outro, como o Tarzan passa de liana para liana. Ainda por cima estava um cabräo de um dos Eslovacos, a insistir que eu era Espanhol. O filho de uma puta Eslovaca... Só lhe consegui dizer: meu se näo te calas, vou ter de falar contigo a sério sobre quem é o teu pai...
Ficou tudo sanado, até queria ser meu amigo e tudo. Sem sucesso.
Voltei da casa d banho e o meu lugar estava ocupado... Fiquei em pé ao lado da Eslovaca, completamente perdido. Pergunta ela assim: entäo o que fazes em Bratislava?
Näo sei porquê, desatei a rir que nem um desalmado, bem, talvez fosse do alcoól a mais. A conversa morreu ali.
O meu lugar vagou e eu fui para lá. Magdalena saltou para o meu colo.
Perguntei-lhe: entäo já te fartaste?
Ela: ah, näo gosto deles... A propósito, eles estäo a perguntar se näo querem ir ver umas fotos.
Porra, já ouvi dicas de engate foleiras, mas "näo queres ir ver umas fotos"... é muito à frente.
Obviamente, a resposta foi näo, acompanhada de "eles querem é que tu vás, se assim o quiseres näo te prendas..."
Para quem näo gosta deles disfarça muita bem, até a mäo tinha no meio das pernas de um deles... surreal.
Nisto, Jürgen e Ben väo-se embora, näo ligando enquanto eu implorava: näo väo,vá lá, paguem mais um copo...
Eles foram na mesma.
Passado um pouco ela pergunta-me se quero ir embora. Acedi, já näo aguentava mais estar ali dentro.
Fomos ainda a uma "discoteca", onde ela pediu dois "tequilla sunrise", e quando eu me preparava para o saborear, ela diz: temos o autocarro para casa dentro de 5 minutos.
Sem comentários...
Saí da discoteca literalmente aos "esses", pois depois da bojarda de alcoól em casa dela, duas cervejas de meio litro e um tequilla sunrise de penalty, pela palhinha (há gajos espertos...), estava bêbado.
Lá apanhámos o autocarro, fomos para casa, e só me recordo de estar deitado...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário