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sábado, 6 de janeiro de 2007

Home at last

O autocarro era estranho, as luzes apagavam-se quando arrancávamos, só acendendo quando em alguma paragem. A diferença da intensidade das luzes era tal que, cada vez que parávamos, o autocarro parecia uma discoteca reles. Além disso, andou para a frente e para trás tantas vezes, que pensei que o gajo que desenhou o trajecto papava ácidos como quem masca pastilhas.
Chegados a casa, eu e Cecile decidimos ir à escola buscar o pocket-money (estes estrangeirismos partem-me a pila ao meio, mas uma gajo habitua-se de tal ordem que escrever "dinheiro de bolso" soa mal, parece "bilhar de bolso"), enquanto Fabrice e Pépéte foram para casa, para ligar o esquentador (uma espécie de caldeira que demora dez minutos para aquecer a água).
Chegámos à escola e encontrámos Petr, Sarka e Lenka, uma senhora muito simpática que no Natal me ofereceu uma caneca que ela mesmo fez com um P, a primeira letra do meu nome. Achei um gesto muito querido.

Já agora, ofereceram-me também um bilhete para assistir ao hóquei no gelo, deve ser a puta da loucura, nunca assisti a nenhum, só aquelas cenas em que eles desatam à stickada em descargas de testosterona. Espero assistir a um banho de sangue...

Allez, chegámos e diz-me o Petr: eh pah näo sabia que vinhas, näo tenho aqui o dinheiro.
Oh foda-se... Na boa desde que o tenhas antes de dia 10, näo há stress.
Preciso dele para ir para a Polónia... isto de ser um teso tem que se lhe diga.
Saímos da escola e demos com Fabrice e Pépéte. Entäo caralho? Pergunto eu todo querido.
Diz Fabrice: oh pah vimos pessoas dentro de casa e tivemos receio de entrar... Depois de uma gargalhada, disse-lhe: vá anda lá, é na boa traz só o machado pelo sim pelo näo.
Chegámos a casa, eu entro, mando um berro (quem é que anda aí caralho?) e dou com 4 pessoas na sala. Apresentei-me, e eram eles: o Michael, o tal que parecia saído dos Franz Ferdinand, duas Alemäs, Anika ou Anita ou lá o que era, a outra nem me lembro do nome, mas tinha aquele riso forçado que eu tanto aprecio, e o namorado de Anika, um Checo do qual näo sei o nome.
Ainda tentei estabelecer algum contacto com eles mas entre Checo e Alemäo... preferi ir mandar peidos para o lado de Fabrice, sempre é uma comunicaçäo que ambos entendemos.
Depois isso, só o arroz maravilha, uns copos de vinho e a lua no céu limpo...
E eu sem Birls há quase três semanas...

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