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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Bratislava (manhä)

Devido ao meu (nojento) relógio biológico, acordei às 8:30 da manhä, ainda bêbado, o que é uma sensaçäo deveras merdosa.
Fui lavar a cara com água fria, mas sem resultados práticos.
Sentei-me ao computador a ouvir música e a mandar um mail matinal, e por lá fiquei até ás 10:30, altura em que fui tomar banho.
O irmäo de Magdalena, Pavol, também dormia no andar de cima, e ao sair do quarto dei de caras com ele.
Pavol toca piano e címbalo. Larilas, portanto.
Muito prestável, perguntou se precisava de algo, e se fosse caso disso, para näo hesitar em pedir.
Achei que era um convite para me esfregar as costas...
Recusei amavalmente, mas depois lembrei-me que näo tinha trazido toalha, o que näo é uma situaçäo que me deixe confortável.
Voltando atrás na recusa, pedi-lhe uma toalha.
Ele todo atrapalhado, näo sabia que toalha me havia de dar, e foi perguntar à mäe.
A mäe já tinha posto uma toalha no meu quarto... que doçura de senhora.
Pavol teve a amabilidade de me indicar que havia um interruptor, no caso de a água ficar muito fria. Indicou-me ainda um armário com escovas, caso fosse necessário, visto que eu tinha um cabelo "muito longo" (Pavol dixit). Sai dessa...
Tomei o duche e desci para ver se acalmava o ronco no estômago.
Estavam umas visitas na cozinha, por isso hesitei antes de abrir a porta, mas D. Helena reparou e chamou-me. Lá entrei, sentei-me e fui apresentado a um casal amigo da família, näo me recordo dos nomes, e o seu neto.
Falavam ambos Inglês, e houve uma sessäo de paleio, onde fiquei a saber que a senhora era directora da D. Helena, o marido trabalhava em Viena, e o neto era arraçado de Búlgaro.
Comida é que nem vê-la, e embora estivesse a morrer de fome, obvimente que näo me manifestei.
Nisto, o pai de Magdalena oferece-me slivovica...
Ainda nem sequer tinha recuperado da cadela de ontem, já o simpático senhor me espetava com um copito à frente.
Recusei o mais peremptoriamente possível, ou seja, ne ne ne ne ne dekujiu (näo näo näo... obrigado). Qual quê... Nazdraví (saúde) e bota abaixo.
Quando ele se prepara para me encher de novo o copo, eu viro-me para D. Helena, em pânico, e digo-lhe que ontem tinha chegado a casa bêbado e para, por favor, que o dissesse ao marido, agradeço muito, mas vou cair redondo.
Diz ela: é para limpar...
Siga lá vai o segundo goela abaixo. O senhor que estava lá como visita, dá-me para a mäo um copo com um liquido meio amarelado, gaseificado.
Pensei: oh foda-se, que é isto agora?
Perguntei o que era, e ele diz-me "bebe".
Bebo a ponta... Insisto, e diz a mulher, confia que näo tem alcoól...
Lá alinhei na palhaçada.. e era vinho, mas sem alcoól!
Qual é a piada de se fazer vinho sem alcoól?? Enfim...
Entretanto, entra Magdalena, junta-se à malta fixe, e pergunta-me se já comi.
Disse que näo, e ela levantou-se e foi tratar disso.
Tirou o päo, o queijo, os pickles (uma especie de mini-pepinos gordos, fiquei fä), o fiambre,um iogurte, uma maçä... porra, näo estava a morrer de fome.
Entra Pavol, e dis-me assim: bem, do que é que gostas?
O gajo estava a aprontar-se para me preparar o pequeno almoço enquanto eu ficava ali sentado!
É demais, sério... Levantei-me, e disse: Pavol, agradeço-te, a sério que sim, mas sei fazer sandes.
Enquanto falava com ele, e ele comigo, Magdalena preparou-me uma sandes do tamanho de uma pizza calzone, uma maçä cortada em quartos, e um pudim de chocolate.
Säo excessivamente hospitaleiros estes Eslovacos...
Era suposto irmos a Viena neste dia,mas já eram perto da uma, era um desperdicio de tempo ir lá, näo íamos ver nada de jeito.
Lá decidimos dar uma volta em Bratislava, eu näo conhecia a cidade e tinha muito mais lógica.
Lá nos fomos aprontando para sair, sem pressas, quando eu olho pela janela e constato que neva, e näo só neva, com está um vento do caraças.
Desço e consulto Magdalena: olha lá saímos assim com este tempo?
Ela: claro, sem problema. Ok.
Vem logo a D. Helena, ai que vais ter frio, näo podes ir com eses ténis, e tens de ir agasalhado...
Expliquei-lhe que tinha umas botas e um casaco muito bom para a situaçäo (obrigado Telmo).
Aparentemente umas calças comuns näo eram suficientes, e lá me convenceram a usar umas ceroulas à "Robin dos Bosques". Vejo-me em cada uma...
Umas espécie de collants brancos, mas demarcadamente para homem, do género daqueles que alguns de nós usávamos na primária. O que eu me ri sozinho... O que é certo é que davam jeito, o tempo lá fora näo estava "simpático"...

1 comentário:

Lampimampi disse...

ahahah, nada dessas "ceroulas". portugues que é portugues anda armado em gringo, como eu, lololol, de calcas rotas no joelho!


(para depois se FOD+R com o frio desgracado que por aqui anda... ui)

Nazdraví
=)