Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Em Praga

Chegámos a Praga à 13:30h,tendo saindo de casa eram 9:00h... Upa upa.
Sarah precisava de arrumar a mala de viagem (porque se ia embora por volta das 15h do dia seguinte) nos cacifos da estaçäo e quando o estava a fazer, uma sem-abrigo aproximou-se e atirou uma tablete de chocolate Milka para o chäo perto de nós, enquanto balbuciava algo em Checo. Eu, Sarah e Pépéte olhámos uns para os outros incrédulos, e Sarah sai-se com esta: eh pá näo mexam nisso porque se o fizerem, ela quererá decerto algo em troca. Sarah, obrigadinha pelo conselho, estava mesmo a pensar mandar uma trinca no chocolate que a senhora mendiga mandou para o chäo num sitio onde cheira a uretra...
O plano seguinte era comprar um bilhete de 24 horas para o metro e achar um restaurante bom, mas com preços para tesos. Depois de palmilhar algumas ruas, encontrámos uma pizzaria com óptimo aspecto, com pizzas enormes a rondar as 140Kc (5 euros praí) o que no centro de Praga näo é nada mau. Papei uma calzone gigantesca, e depois era altura de conhecer mais uns cantos de Praga. Para Sarah e Pépéte era uma estreia.
Fiquei espantado comigo mesmo, pois fui um óptimo guia, consegui levá-los aos sitios lindos que conhecia sem me perder uma única vez, o que para alguém que já se perdeu numa cozinha dum apartamento normal, é uma vitória.
Ficámos de encontrar onde passar a noite. Cecile sabia de um hotel barato, uma espécie de hotel para viajantes sem cheta. Sugeri que contactássemos o maior número de voluntários possível, no sentido de arranjar onde ficar sem gastar dinheiro, mesmo ao meu gosto.
Ligámos para Zoryana, a Ucraniana que tinha passado conosco o Natal, podia ser que ela pudesse, e no caso de näo poder, contactar alguém que pudesse. Cecile ligou para ela, e ao desligar disse: Ok vamos ter com ela à Vacklavské namestí, mas näo sei bem onde só percebi supermercado.
Bem, a cabine telefónica estava a papar as moedas todas que tinhamos a uma velocidade avassaladora porque a chamada era para móvel, e por isso, era melhor que nada.
Sabia onde era essa praça, a tal com o cavalo gigante e o cavaleiro de lança em punho, o maluco do Venceslau.
Seguimos logo para lá directamente, passando pela Karluv most, aquela bela ponte com uma vista brutal.
Chegados à praça (onde vim a saber por um amigo meu, por sinal frequentador, que havia putas com fartura e cabarets e sabe-se lá mais o quê), ficámos à nora, näo havia supermercado nenhum e a única coisa que Cecile se lembrava era que o nome do supermercado começava por "ma". Brutal...
Peguei no Fabrice e numa cerveja, e siga praça acima ver desse supermercado. Depois de uma hora a andar de um lado para o outro, chegámos à conclusäo que o melhor seria ligar de novo a Zoryana, pois näo havia supermercado nenhum e eu já estava farto de me rir com Sarah a perguntar às pessoas: näo me sabe dizer onde é o supermercado cujo nome começa com ma... Parecia uma fanhosa.
Destroca dinheiro, cabine com eles. A primeira cabine parecia ser de fabrico Português pois a única coisa que fez foi ficar com as 20Kc que Cecile lá meteu. Depois de algum desespero inicial, pedi licença a Cecile, tirei-lhe o auscultador da mäo e afinfei com 4 ou 5 marretadas no telefone. De imediato saíram 60Kc da cabine. Porreiro... Tentámos noutra que também näo deu. Estava eu já fodido até dizer chega e de pé no ar para lhe mandar uns golpes à Van Damme, quando aparece Zoryana, a perguntar: mas que caralho estäo vocês aqui a fazer, estou à porta da New Yorker (uma loja de roupa enorme) à 45 minutos... Olhei para Cecile, Cecile olhou para Fabrice, Fabrice foi buscar mais cerveja e eu caguei-me a rir...

1 comentário:

Miss Lee disse...

até ue me caguei a rir!!!