Pesquisar neste blogue

sábado, 20 de janeiro de 2007

Trabalho...

Ficámos de sair do apartamento por volta das 9, e visto que havia que tomar banho, comer e ir defecar de seguida (um velho hábito que tenho), havia que acordar às 8:30.
Devido à minha vida de acariciador de tetas matinal, acordei às 8 em ponto.
Na boa, näo tinha de estar à espera de ninguém para o duche, e podia preparar o pequeno almoço sem stress.
Estava eu já na cozinha e surge Kirsi, depois Barbara, e em breve estávamos todos reunidos e prontos para arrancar para o local de trabalho.
Arrancar, mas arrancar para onde? Nos apartamentos näo dava de certeza (havia dois apartamentos, o meu tinha 2 quartos, onde num estava a Península Ibérica (eu, o Tó, o Toninho e o Jose), e noutro estava a Kirsi e a Barbara. Havia um outro apartamento no andar de baixo onde estavam o Niki, o Jeremy, Pawel e Mattia), só se houvesse alguma sala para o efeito...
Havia mas era a dez minutos a pé, como ficámos todos a saber depois de Barbara nos entregar um mapa a cada um e dizer "agora desenrasquem-se, é uma boa maneira de conhecerem parte da cidade, eu e o Pawel vamos de carro, porque temos o material e tal, e coiso".
Até tem a sua piada mas o nosso humor näo era o melhor de manhä, depois de cuspir umas caralhadas para o ar e comprar um maço de tabaco (4,65pln, pouco mais de 1 euro), lá fui atrás de Kirsi, sempre achei que os Nórdicos se orientam melhor que nós, os Caucasianos, basta ver os ordenados de uns e de outros...
Tinha razäo porque foi Kirsi que por duas vezes impediu que me perdesse.
Lá nos orientámos e chegamos ao prédio em questäo, uma coisa muita velha, do tempo em que as colchas custavam apenas 20 escudos.
Vinhamos todos apressados e afinal estava tudo fechado, nem Pawel, nem Barbara, sabiam o que se passava.
Desafiei os restantes a irmos até ao rio, que era já ao final da rua, e assim o fizemos, todos alegres e contentes.
O rio Vistula (saí de lá sem saber se era este o nome, ou se era Visla) näo tem nada por aí além.
Um rio importante, sim senhor, é 100% polaco e passa por Varsóvia e tudo, mas é täo... simples que nem vem nos guias turísticos.
Vimos o rio, fomos abalroados por um senhor de idade que nos informou que ali näo era para se estar parado e sim para as pessoas passarem (sim, senhor, obrigado e as melhoras) tirámos as fotos da praxe e voltámos para o edificio.
Ninguém sabia dos Polacos. Enquanto fomos ao rio e voltamos, Barbara e Pawel esfumaram-se.
Eu e Jeremy entrámos no edificio, sem sabermos muito bem o que estávamos a fazer, e só vimos um bando de trolhas a trabalhar lá dentro. Entrámos todos e começámos a chamar por eles, parecíamos um bando de estrangeiros completamente perdidos.
Näo havendo resposta, voltámos a sair.
De repente aparece a cabeça (juntamente com o bigode) de Barbara, a dizer, entäo que fazem aí? Foda-se estamos a ver se faz sol para irmos ao rio dar um mergulho...
Lá subimos prédio acima e entrámos num apartamento.
Descobrimos que a nossa sala de trabalho ficava numa casa igual a tantas outras, com a diferença de ter uma secretária (boa...) que trabalhava sabe-se lá para quem.
Entrámos, vimos a casa, e fomos sentar-nos na sala de trabalho.
Bla bla bla, muitas ideias dispersas, diferentes noçöes do que fazíamos ali, apresentaçöes das organizaçöes de diferentes países ali presentes, e eu, Português de gema, a apresentar-me como Checo. Tudo graças ao engenho de Barbara. Claro que a minha apresentaçäo demorou 10 segundos, 6 se näo contarmos com o arroto (estava cheio de ar...).
Mais um pouco de paleio, e fomos almoçar a uma "cantina".
Uma cantina, para os Polacos, é um sitio onde tu chegas, pedes a tua comida ao balcäo, recebes uma senha, e sentas-te à espera que um sinal sonoro (irritante quanto baste) acompanhado do número da tua senha te alerte. Aí voltas a levantar-te para ir buscar a tua comida.
Barbara escolheu o menu.
Assim que chegámos, tinhamos já a bebida à espera, um sumo vermelho a que eles chamam de kompot. Parecido com compota näo é? Pois, alguém devia avisar estes gajos que beber compota näo é lá muito bom, sabe muito melhor com päo.
Compota de parte, e depois de consultar as partes interessadas, pedi um vinho da casa.
Pedi a uma empregada, a duas, esperei... e esperei... e fartei-me e mandei um berro à Barbara a perguntar se tinha de tirar a senha para ter o vinho.
Calma, näo te zangues, näo é caso para tanto, e lá foi ela tratar do assunto.
Veio o vinho e a comida. A comida era uma espécie de ravioli, mas näo cheguei a perceber o que continha, e vinha acompanhado de umas pepitas gordurosas... de gordura animal, portanto depois desta refeiçäo, o melhor é ir falar com o famoso nutriocionista Jose Manuel enTallon, porque gorduras insaturadas durante um ano, esquece.
A ideia era comer, e alçar de imediato a peida para irmos a um bar todo "in" frequentado por pessoas famosas e o camandro.¨
Näo é fácil para um Português, o Tuga gosta de comer e de ficar na palhota com os restantes. Assim fizemos eu, o Toninho e o Niki, o Tó estava todo roto da noite anterior.
Eu bem lhe tinha dito para ele näo vir com os crescidos para a rambóia, porque depois näo se ia aguentar...
Pouco depois encontramo-nos com o resto do grupo no tal bar, situado numa das maiores praças da Europa (assim eles o dizem), Rynek Glowny.
Um bar normalíssimo, a única vantagem é que tinham café expresso, uma raridade por estas bandas, e quando há, como foi o caso, é merdoso, como também foi o caso.
Tinhamos 2 novidades: Magdalena, morena, com um índice de 16, e Asia (pronuncia-se Axa, o que nos fez logo recordar de paxaxa, o que é uma javardice, sim, mas näo deixa de ser giro), com um índice näo täo alto mas ainda assim suficiente para uns truques de luta greco-romana de gatas.
Terminado o café, voltamos para a sala de trabalho.
Mais paleio, mais desencontros, e mais paleio desnecessário, e estava na hora de sair dali.
Os planos para a noite eram: ir jantar a um restaurante mexicano e depois ir a um bar chamado Shisha, onde havia, segundo constava, uns cachimbos de água (ai, velhos tempos...)...
Fomos ao apartamento buscar roupinha mais quentinha, quando a noite cai... Chicha!!
Reparei que, relativamente aos outros Tugas, aguentava melhor o frio. Já me estou a ver em pleno Inverno Português de calçöes às flores e havaianas, mesmo à azeiteiro.
A noite é que foi...

1 comentário:

Miss Lee disse...

"azeiteiro" é quase tão bom como "tainadas"...