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terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Exposiçäo??

Hoje ficámos de receber uma chamada da Zedna (a.k.a. a senhora simpática), para irmos ver uma exposiçäo de cerâmicas a Chocen.
9h, toca o telefone, tudo combinado, estamos nessa.
Elas passaram a manhä toda a fazer tinta, daquela que é juntar água e mexer, todas cheias de splashes (é uma palavra nova), e eu como sou muito fino para essas porcalhices, preferi fazer algo másculo e viril e que faz crescer pelos no peito. Certo, fui dar um jeito na cozinha.
Música de partir loiça, e toca de limpar a cozinha de cima a baixo. Acreditem nisto: sou o único gajo cá em casa e se näo sou eu, esta cozinha fica com merda até ao tecto.
Estäo a ver aquelas cenas onde se mete a loiça para a escorrer depois de lavada? Nós temos um preto. Pensava eu até lhe meter a esponja, afinal é branco...
Depois disso fui varrer o infocentrum (foda-se estarei a ficar rabeta??).
Ficámos de sair ao meio dia o que näo aconteceu porque houve um gajo que se demorou a mandar um mail. Lá fomos montados nas gingas com cestinho à frente, prontos para pedalar aqueles simpáticos 8km...
Chegados a Chocen, bora lá almoçar. estava determinado a comer algo tradicionalmente Checo, e näo estava a pensar numa gaja de bigode, mas sim num goulash.
Fomos a um restaurante muito simpático, e de facto havia goulash, mas o mais estranho é que era à moda Magyar (Húngara).
A empregada (nível de enterranço: 16, finalmente uma gaja boa, tenho de vir cá comer mais vezes) chegou ao pé de nós e eu perguntei-lhe, apontado para a ementa: e Checo näo há?
E ela: ih ih ih näo. Ih ih ih a ponta...
Lá pedi um goulash e digo-vos que é um pitéu muito bom, é assim uma espécie de jardineira mas com um molho mais espesso e vem acompanhado de uns "päes", cujo nome Checo näo me recordo, mas o Inglês é "dumplings". Mesmo bom, e a acompanhar, meio litro de cerveja como manda o livro.
Comemos que nem porcos (volta e meia eu até grunhia e tudo), e depois resolvi meter-me numa aventura: beber café.
Chamei o gajo e disse-lhe: kava, expresso. (para que conste, kava é café, näo lhe estava a dizer para se pôr a andar rapidamente).
E ele näo sabia o que era um expresso e convidou-me para o seguir. Lá fui eu e ele mostra-me um frasco de café daqueles que um gajo pode comprar no lidl e umas chávenas daquelas onde se bebe o café com leite em casa.
Pensei, " e a máquina da delta onde está?". Resolvi pegar na chávena e fazer uma pinça com o indicador e o polegar, como que a dizer, "pouco café".
O gajo abanou a cabeça e fez-me uma pergunta em Checo, tanto quanto eu sei podia-me estar a perguntar: entäo gostas de apanhar nabos com o cu?
Ainda assim, já cansado, decidi-me pelo "ok" e fui para a mesa, expectante pelo que aí vinha.
Serviu-me meia chávena de água de lavar os pés... que eu bebi.
Pagámos 80 coroas cada um, o prato custa 2 euros... lindo.
Seguimos para a exposiçäo...
Encontrámo-nos com Zedna, que nos guiou até um castelo (e esqueçam ameias e grandes pedregulhos, cá um castelo é tipo... uma casa grande), e fomos visitar uma exposiçäo, mas de arqueologia, e tinha de ser meio a correr, nem era suposto estarmos ali. Conhecemos um tipo que eu nem soube que fazia ali ou como se chamava, mas ficou todo contente por saber que já pode praticar o seu Português com alguém ( sai, nilas). Da boca dele, nem um bom dia. Näo percebi.
Vi uma mini igreja onde por vezes se fazem casamentos, mas era uma igreja onde tudo, excepto os vitrais, datava de 1875. Por isso, respeitinho, caralho.
Fomos entäo ver a exposiçäo.
A exposiçäo... näo era. Ou eu percebi mal, ou Cecile näo explicou bem (depois da cena em Praga, confio mais em mim...), mas aquilo näo era nada mais nada menos que um atelier onde os putos iam fazer desenhos e moldar barro. Muito bonito sim senhora, mas é ou näo é uma banhada do caralho??
A senhora que lá estava também queria aprender a falar Português mas só queria interjeiçöes, do gënero, oh, ah, hm.. e eu näo estou para aí virado.
Sim, giro, vamos embora...
Zedna propôs que fossemos beber uma cerveja e todos nós aceitámos de pronto.
A senhora é um amor, bebemos as cervejas (bebi uma belga, stella artois, muito boa) e ela desculpa-se toda, tem de se ir embora mas deixa as cervejas pagas.
Fomos às comprinhas, muito legume e coisinhas saudáveis (sim, porque bem como cozinho, está-me cá a parecer que as calças apertam...), e uma garrafa de vodka só naquela.
Outro pub, outra cerveja, enquanto na televisäo me relembravam de toda a música de merda que é feita.
Isto de ir a um pub aqui e ali tem que se lhe diga, porque de cada cerveja que se pede, säo 0,5lt que se mete para o bucho, contando que no restaurante bebi a cerveja de Kristin quase toda (ah, tem côdea..), foram quase 2lt...
Se bem que para pedalar 8km para casa, bem que fazem falta...
Escurece por completo às 17h, é do caralho pedalar assim 8km só com uma luz na bicicleta da frente (Kristin) e outra na de trás, formando assim um estranho tandem para quem passa de carro.
Ainda por cima a estronça da Kristin de vez em quando flipa (que paciência...) e näo espera por ninguém. O que é uma foda do caraças quando Pépéte e Cecile decidem ir mijar.
E vou dormir que estou todo fodido.

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