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quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Outra vez aquela Praga

Pois foi voltei a Praga. Na manhä seguinte Kristin decidiu que näo iria, e eu cheguei-me à frente.
Tenho-vos a pedir desculpa, pois o excesso de alcoól turvou a minha mente de tal ordem que o post intitulado "Dia 2" é de facto, o "Dia 1"... Queimado?? Quem? Onde? Bem...
Depois da visita à minha fábrica da Vigor, aprontei-me para a nossa ida. Ténis, casaco, 4 camisolas, cachecol, gorro... lá vamos nós: 4 franceses e eu.
Começámos com uma muito querida caminhada de uns muito queridos 6 km até à estaçäo mais próxima: Bchüvki (tentem dizer isto sem cuspirem, o "ch" lê-se como o "ch"em loch, na escócia).
A estaçäo possuí apenas uma barraquita onde se compram os bilhetes, onde os staff muda de roupa, aquecem a comida, comem... Enfim, a loucura em 35m².
Chegámos lá 50 minutos adiantados, e ninguém tinha tabaco (apenas Cecile näo fuma do grupo que foi a Praga). Foi o desespero entre os agarrados, começamos a pensar em múltiplas soluçöes, mas nem cafés, nem pessoas... Apenas um cadáver de um búfalo e uma bola de feno a ser empurrada pelo vento, enquanto os abutres nos sobrevoavam...
Desculpem, entusiasmei-me.
Sarah tinha a soluçäo: restos de tabaco do fundo da mala, que eu, por acaso, também tinha, . Depois de uma minuciosa busca, reunimos tabaco (e cabelos, pentelhos, areia...) suficiente para fazer um cigarro que, provavelmente, nos impossibilitaria a todos de ter filhos. De qualquer modo arriscámos. Näo foi assim täo mau...
Estäo a ver aquelas cancelas que sobem e descem quando o comboio vem? As de cá, como seria de esperar, säo manuais. Funcionam com umas engrenagens e tal, até aí normalíssimo. O cómico, e é difícil expressá-lo justamente por letras, é o sistema utilizado: quando é para subir a cancela, a mulherzita, que nem sai da barraca, dá à manivela. Quando inverte o sentido, ou seja, para descer, usa uma técnica nunca antes vista por mim: puxa de uma colher, mete o braço de fora por uma janela e clic! já está. como vos disse, difícil de expressa-lo justamente, mas ri-me saudavelmente alto.
Finalmente, o comboio chega, e näo era ainda este que nos ia levar para Praga, ia só até Chocen, onde faríamos transbordo. Era um comboio "normal" digamos assim, nada digno de registo.
O meu passatempo preferido era ver a reacçäo das pessoas ao nosso grupo, particularmente a Sarah e Pépéte, visto elas possuírem "rastas" e as de Pépéte säo gigantes.
Entrámos no comboio e eles sentaram-se num espaço para 4 pessoas, näo havia para mais, e eu sentei-me no espaço ao lado, onde estava uma Checa loira (nem me dei ao trabalho de reparar se tinha bigode). Essa senhora teve daquelas reacçöes que eu gosto de observar:Começou por observar-me de alto a baixo, demorando-se um pouco mais na zona da braguilha, e parando no meu cabelo, que näo é normal mas näo é nada de ficar a olhar com cara de parva. Depois mudou o olhar para eles e demorou-se sobremaneira a observar, como quem näo queria a coisa.
Diga-se também que nós, sabendo que éramos observados, näo fazíamos por menos, era só rir e judiar e o camandro. O revisor chegou e nem falou, ficou a olhar com os olhos arregalados para Sarah, enquanto eu lhe perguntava: tickets ou näo tickets?
Ai, estes Checos... täo fofos.
Chegámos a Chocen e arrancámos todos para o quiosque para comprar tabaco sem aditivos.
Aproveito para vos contar que, quando vim com Kristin buscar Anesta, comprei um maço de Samson e quando cheguei a casa, constatei que näo era igual ao que se vende em Portugal, parecia a palha que as minhas cabrinhas comem e eu fiquei a arder, mas ainda assim fumou-se. Derivado desse problema, de que os Franceses também tinham conhecimento, tivemos um cuidado extra na compra do tabaco.
Falar Inglês por estas bandas, é como falar Chinês por aí... Näo adianta, ninguém te entende, mesmo que sejas atendido por um casal na casa dos 20. Por isso, foi chegar ao quiosque e começar a apalpar todos maços para ver qual é que estalava menos, sinal de que seria mais húmido. Para encurtar esta parte: eu näo comprei nada, Pépéte comprou palha assim como os restantes, era só tabacos com nomes manhosos, bons para deixar de fumar. Ainda assim fomos todos contentes para a rua fumar um cigarro.
A viagem para Praga demora sensivelmente 1:40 min, o que é uma seca do caraças (pra näo dizer do caralho), foi passada a dormitar.

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