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domingo, 24 de dezembro de 2006

Sexta-Feira

Sexta foi um dia cheio de estreias, parecia uma Quinta-Feira no el Corte Inglés (nunca hei-de perceber este nome...)
Levantei-me, cabras, pequeno-almoço e havia que escolher umas madeiras com a seguinte distinçäo: madeira para secar e queimar (demora um ano a secar, é o verdadeiro trabalho de formiga), madeira boa para construir(depois de seca) e madeira grande demais para caber no forno e por isso, antes de ir pro "estendal" secar, entra em cena a moto-serra.
Sendo eu um "city-boy"(embora nunca tenha morado na cidade), näo estou habituado a estas coisas de moto-serra, säo muito másculas para alguém com a minha sensibilidade, foda-se. A propósito, eles ainda acham piada ao facto de eu estar sempre preocupado em trancar a porta de entrada. Queria ver se eles tivessem morado na Serra das Minas, aquele local mítico, apenas comparável à Republica do Congo, tiros incluídos. Näo, näo trancavas...
Depois de grande trabalheira a separar as madeiras, Cecile ensinou-me a bulir com a moto-serra, estando eu ansioso para me sentir viril e para me crescerem alguns pêlos no peito, que eu iria estimar e talvez descolorar. Foram duas estreias numa só: a estreia com a moto-serra, e a estreia a comer serradura. Demorei um pouco a atinar com a máquina mas lá fui cortando bocados de madeira como se fosse o Stallone(mas sem a boca de lado). Cecile aproximou-se e disse, ajuda-me só a limpar ali a cena e depois vamos para dentro almoçar que já está na hora. Porreiro, farto de cortar madeira estava eu.
Depois de , mais uma vez, comer massa ao almoço (fusili, pene regati e esparguete säo especialidades da casa), fomos acabar de limpar a rua defronte de casa, o que inclui
repavimentar a rua, e arrumar um monte de madeiras espalhadas e bla bla bla...
Como já escrevi, fomos ao pub à noite (20h). Chegar lá foi... Bem säo 3 km completamente às escuras, nem luz da lua tinhamos, a única luz que tinhamos era a da bicicleta de Kristin e ela foi 3 vezes às couves fora da estrada, por isso já se vê a aventura que foi. Para tornar a viagem mais difícil, fiz um Birls só para a galhofa e foi muito galhofante quando soube que näo tinha luz, tinha uma bicicleta daquelas com cestinho à frente e tava um frio do caraças, o que tornava o acto de ir sem uma luva uma loucura só ao alcance de um verdadeiro toxico-agarrado.
Chegados ao pub (confirmou-se, estava cheio,parece que é o único no raio de 4km), todos sabiam quem nós eramos, porque näo há muitos estrangeiros por aqui... Ouviu-se piadas como "olha as cabras da Modrý düm (casa azul)" o que näo me afectou, para isso teriam de dizer "olha o cabräo da casa azul" o que näo foi o caso. Sentámo-nos e cá vai disto. Cerveja até fartar, porque aqui tens de "näo pedir", isto é, assim que acabas uma, a gorda que está servir às mesas espeta-te logo com outra antes que tenhas tempo de dizer "nazdravi"(é o brinde). A ideia é dizer näo quando eles recolhem o copo vazio. A mim näo me preocupou muito, quando näo quisesse, e se näo me fizesse entender, esticava o dedo médio e dizia "ne".
Após 5 pivo de meio litro (já tava com um certo pifo), Kristin ficou-se pelas 3 depois de ter passado a tarde a dizer, ah hoje vou beber até cair, e Cecile envergonha um gajo porque estava ali como nada se passasse enquanto eu acusava claramente a falta de treino e a mistura com Birls.
Depois de 4h que eu näo sei bem como passaram, e em que eu näo vi nem uma Checa boa (vi uma com um índice de fodibilidade de 8.5, o que de 0 a 20 é manifestamente pouco), nem täo pouco bebadas, (talvez se tivesse bebido mais um pouco a Checa passasse de um índice de 8,5 para um de 9,5 o que bem esticadinho... até brilha.), fomos para casa. Estava ainda mais frio, e eu estava mais desconcentrado, mas deu para chegar säo e salvo a casa, embora tivessemos perdido Cecile pelo caminho,
mas tudo acabou bem.
Bebi um cházinho enquanto ponderava Birls ou näo Birls eis a questäo, e fui-me deitar sem Birls porque já estava sonolento que chegasse.
Sonolento e tonto...

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