A manhä de Quinta foi muito semelhante à de Quarta:tetas, acabar de limpar o infocentrum, e demorar demasiado tempo a fazê-lo.
A tarde foi frenética, combinámos que iríamos ¨tratar" da casa e limpá-la de cima a baixo. Näo foi bem o que aconteceu mas estivemos perto. Começámos por tratar do meu quarto, porque todos achavam piada ao facto do Português ter um frio do caralho (já passa da meia-noite) e à noite manter o aquecimento no máximo enquanto dorme, mas o que é verdade é que o meu quarto tinha uma corrente de ar que näo há em nenhum outro dos quartos habitados. Portanto väo se rir ao caralho, e vamos lá ao meu quarto ver o que se passa.
Depois de irmos ao sótäo constatarmos que estava tudo isolado com fibra de vidro, Cecile sugeriu que era bem provável que fosse do espaço vazio do lado direito do meu quarto. Chamo-lhe espaço porque näo passa disso, um espaço que faz um ângulo agudo (ou esdrúxulo agora näo me recordo bem), entre a parede do meu quarto e o telhado. Esse espaço apanha frio como se se estivesse lá fora mas tinha também fibra de vidro na parede. Cecile puxou de uma cadeira e, empoleirando-se, viu que havia um espaço vazio entre a parede e o o tecto. Nenhum de nós tinha a certeza se era daquilo, mas fomos buscar fibra de vidro e tapámos todos os buracos passíveis de provocar corrente de ar no meu quarto.
Para quem näo conhece a fibra de vidro, digo-vos o que sei: é uma espécie de esponja que cheira e sabe a radioactividade e que, se vos toca, provoca-vos comichäo durante 2 horas. O grande cabräo que inventou isso havia de dormir todos os dias em cima disso, e quando morresse de cancro na pele ou algo do género, o seu caixäo, assim como o seu corpo, deveriam ser recheados de fibra de vidro. Aqui fica a minha sentida homenagem a esse filho de alguém que deveria ser estéril. (Só assumo que é um gajo porque é muito mais fixe "grande cabräo" que "grande cabra", além de agora ter sobre as cabras uma posiçäo diferente (a de ordenhamento)).
A limpeza foi logo depois disso, iria finalmente aspirar o meu quarto. Cheguei no Sábado, mas decidi que hoje é que era o dia para aspirar o pó que me faz, devido às alergias, borbulhas no cu e já agora, aspirar as 15 moscas que estavam, mortas, entre as portadas da minha janela (explicando, a janela é dupla, isto é, tem duas "coisas" para fechar, uma de dentro e outra de fora, e nesse espaço entre essas coisas há umas mosquitas mortas.)
Cecile lembrou-se, em boa hora, de Birls, para depois as limpezas serem uma alegria pegada.
Kristin näo alinha muito nos Birls, Cecile alinha em todos, e tem a iniciativa de os fazer. Embora ela pareça (e seja) da aldeia, tem o espírito mais aberto (e näo me refiro só aos Birls), do que Kristin e esta parece mais urbana (Vans nos pés, cabelo desalinhado e sou uma maluca, faz-me lembrar alguém bem mais velho, mesmo os amuos e tudo).
Birls no bucho, toma lá disto. Aspirei o meu quarto com tanto afinco (o Mampi gosta muito desta palavra), que no final estava rebentadíssimo, mas contente, porque além do meu quarto estar mais "meu" (meias no chäo, o caralho a sete e a nove mas sem pó), estava também mais quentinho, a fibra de vidro tinha dado resultado. Continuo a näo gostar do gajo mas o cabräo näo era (contando que está morto) assim täo parvo quanto isso.
O acto de escrever, irónicamente, retira-me assunto de escrita o que significa que, ou começo a falar sobre merdas que me vêm à cabeça, e aí teremos uma versäo virtual de Kama Sutra com algumas drogas à mistura, ou saio mais à rua para ver coisas para ter sobre que falar, o que implica escrever substancialmente menos, porque o tempo é dividido pelos 3 e há que ver mails, responder a eles e falar com pessoal mais chegado no msn. Veremos se teremos um, outro ou uma doce mescla dos dois...
Limpezas terminadas, fomos ao quintal arrumar umas tralhas (madeira espalhada, material dos trolhas espalhado, e coiso). Foi aí que finalmente conheci o homem atarracado que se deslocava perigosamente perto da casa da madeira na outra noite. Lubos, colega na quinta, uma espécie de facilitador, e um gajo muito porreiro (desconfio que ele e o Tunda conhecem-se bem...). Pavimentámos (com areia das obras) juntos a rua defronte de casa, porque estava lamacenta e em breve viriam cá pessoas para a peça, daí a arrumaçäo toda.
Todo partido voltei para casa, sentei-me ao computador... e chegou a nossa professora de Checo. Iria ter a minha primeira aula de Checo e confesso, nem pensei em Birls. Despachei (com muita pena) as conversas no msn... e voltei passado 5 minutos pois ela só me ensinou a pronunciar umas letras e deu-me um livro dizendo: vai lendo isto, eu volto no dia 6 de Janeiro, isto agora com o fim de ano e o natal tá muita fodido.
Ok, stora.
domingo, 24 de dezembro de 2006
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