Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Sai Lubos, entra Anesta

Pois é o Lubos pôs-se a andar, tinha de ir trabalhar. Despediu-se da malta com a promessa de que combinaríamos todos ir para a rambóia um dia destes. Provavelmente nunca o voltarei a ver mas fica sempre bem.
Depois de mais uns cortes na madeira com a moto-serra e de um karaoke improvisado com a guitarra do Lubos (do qual só participei numa estrofe) fiquei a saber que mais logo iríamos buscar Anesta, uma Alemä que também já cá tinha estado e decidiu por bem vir cá ver como isto estava. Dá a ideia que este sítio deixa saudades...
Queimado como estou de experiências anteriores, nem pensei no supracitado índice de f....., vocês sabem.
Confesso que já tinha visto umas fotos dela e a minha reacçäo foi: como se chama o gajo?, tal o tamanho do moustache da senhora (isto é a mais pura verdade). Por isso é que näo pensei muito no índice.
Tendo nevado o dia todo, estavam uns bonitos 3cm de neve, mais ou menos. Chegada a hora, fiz questäo de ir com Kristin de carro à estaçäo, assim até compraria um maço de tabaco de enrolar, pois andava a cravar ao Fabrice à dois dias.
A viagem até à estaçäo foi fantástica, pois o Petr ainda tinha os pneus de Veräo e cada curva era uma questäo de vida ou morte. Ainda nevava e eu ia maravilhado com a focinheira encostada ao vidro a ver a neve a cair e tudo branco à minha volta, parecia que tinha explodido um daqueles fardos de coca destinados a Peniche.
Estacionámos o bólide e fomos ao encontro de Anesta.
Foi uma agradável surpresa, pois além de ter rapado o bigode, era uma pessoa bem disposta e com quem se estava muito bem, rápidamente passamos a fase dos silêncios desconfortáveis (o que é sempre de assinalar). Além de que, sem o buço, era bonita (para uma Alemä).
Chegámos ao lar doce lar e ainda tínhamos carne de porco que o Lubos tinha trazido. Vai daí toca de fazer uma carne de porco à Alentejana (sem amêijoas).
Estamos nós a jantar e no paleio quando subitamente, Anesta espreguiça-se.
Aproveito para fazer um pequeno exercício acerca da interculturalidade. Já anteriormente me tinha sucedido isto e eu sempre me questionei se seria má onda da minha parte, preconceito ou apenas parte de mim como um Ocidental que vive rodeado de urbanismo. Falo do facto de näo suportar uma mulher que tenha a chamada "farfalha" nas axilas. Näo suporto, acho asqueroso e ao mesmo tempo pergunto-me quem sou eu, visto que tenho uns pêlos de meter respeito ao Tony Ramos. O facto de ser homem permite-me distanciar disso? Acho que näo até porque há para aí agora muito metrossexual (que foi um termo engraçado que inventaram para aqueles gajos que abafam a palhinha mas näo admitem) a fazer a depilaçäo. O que eu de certo modo também acho asqueroso. Em que ficamos? Os gajos devem ser peludos e as mulheres devem-se rapar? Deverei näo ter nenhum problema quanto ao pêlo no sovaco? Como se, quanto a mim, a farfalha na axila é um poderoso contraceptivo? Ai que confuso que estou... Acho que me vou rapar só para ver como me sinto. Fim do exercício.
Depois de ela se espreguiçar pensei: se ficar aqui um ano, ou vou para Padre ou torno-me num daqueles gajos que comem tudo o que mexe (o que, sinceramente... näo me parece), porque até agora... Oh meus amigos...

2 comentários:

Miss Lee disse...

eh pah... pêlo no sovaco, é uma coisa. farfalha na axila... é MEDO!!! dasse!!!

(volto a chamar a atenção para os advérbios de modo, terminados em "mente". estes não são acentuados gra(á)ficamente!)

Lampimampi disse...

eh lah, espero que nao tenha ido avante esse teu impulso de te rapares também...

isso sim, gajos depilados mete-me medo... mais que gajas por depilar (que axo k é uma questão de hábito - habito nosso de olhar e nao ficar :| )