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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Que Praga esta...

Ao regressar a casa, já vinha a pensar na próxima viagem a Praga, tinha conhecido gente nova, o tuga é 5 estrelas e doravante, uma ida a Praga será sinónimo de noites bem passadas.
Havia outro Português que vinha a Praga no fim-de-semana seguinte, outro Joäo, um gajo que conheci naquele seminário em Góis, que no fundo, foi o impulso para me lançar à aventura (se bem que aterrei num aterro de vida).
Vi este Joäo nessa única vez, näo era propriamente "aquele amigo" ou algo assim, e como tinha um convite para ir fazer snowboard para as montanhas, fiquei um pouco na dúvida.
Se fosse fazer snowboard, provavelmente näo voltava, ia servir de refeiçäo a alguma matilha de lobos, ou uma merda assim.
O que é certo, é que a minha amiga Polaca, também conhecida como "Bigodes", desmarcou a ida às montanhas, o que me resolveu logo o problema.
Fim-de-semana em Praga com cheiro a Portugal (e deixem-se de rabetices...) parecia-me muito bem.
Combinei com o Joäo, que já tinha arranjado sitio para eu dormir (que pintarola), e a Sexta-Feira na quinta, mal a senti, assim que acabou a liçäo de Checo, ala que se faz tarde, Praga by the weekend que aqui vou eu.
Já compro o bilhete de comboios sem problemas... bem, mais ou menos, se calha ocorrer algum problema de menor, é logo o pânico instalado, mortos, feridos e casas a arder.
Correu tudo sem problemas, a senhora da estaçäo até atirou umas palavritas em Inglês para o ar, que maluca.
Viagem calminha, apanhei só duas Checas com pinta de porcalhonas, mesmo à subúrbios, (espantoso, näo interessa o país, uma porcalhona será sempre uma porcalhona), que se riam de mim todas contentes.
Primeiro porque adormeci (wwooowwww adormeci numa de viagem de 1:40h, fantástico),
e depois porque tirei o gorro, mostrando a minha super juba, onde penso que mora uma família de roedores.
E as gajas riam-se.. uma tinha o cabelo ao mais alto estilo: o estilo "doninha empalhada", a outra tinha tanta maquilhagem que quando se ria saltavam bocados de estuque da cara dela.
Há gajas cá com uma moral...
Chegado a Praga, fui direito ao escritório onde estava o Joäo, primeiro andar (nem pensei sequer em ir ao quinto andar, caguei para essas gajas...).
A porta estava trancada... Sem problema, tinha o número dele, saí à rua, à procura de uma cabine telefónica, encontrei-a no posto de correios, liguei-lhe e... ele näo atendeu.
Hum... Bem, näo há de ser nada, pensei, e fui dar uma volta por Mustek, há lá umas roulottes com coisas muito saudavéis para comer, tipo hambúrgueres com molhos de cores bizarras e coisas tais.
Encontrei 4 tugas, do norte, para mim foi a loucura instalada, os gajos a olharem para mim como se eu viesse da terrinha, o que nem era assim täo longe da verdade quanto isso...
Depois de um pouco de conversa, eles lá se foram, e eu decidi ir jantar ao supermercado.
Um pacote de bolachas, mais um bolinho, meio litro de leite, e está composto o jantar dos campeöes.
Depois de comer, liguei de novo ao Joäo, desta vez atendeu de imediato, estava no escritório, a porta estava trancada devido a eles estarem em reuniäo.
Lá fui eu novamente, entrei no edifício, e dou de caras com Alena, a Checa que tinha conhecido na Quarta, fiquei espantado com o facto de ela se lembrar de mim.
Fui muito bem recebido, conheci Sophie, a tal Austríaca, e digo conheci, porque nem me lembrei dela de Quarta, embora tivesse dormido em casa dela...
Decidi ir à casa de banho, e como é um sítio óptimo para se conhecer pessoas, conheci Veikko, um Alemäo que ia levando com a porta na tromba.
Voltando para o escritório, conheci Simon, um Belga, e entretanto chegou Félix, um Inglês mesmo daqueles à séria, ou seja, com sotaque e com tiques de trinca-na-almofada.
Saímos do escritório, e seguimos para um bar, onde ficaríamos à espera do outro Joäo.
Lá chegados ao bar, sou informado de que aquilo é uma reuniäo de preparaçäo para um seminário que ia decorrer em Berlim, seminário esse ao qual me tinha candidatado! Mundo pequeno este.
Dei por mim no meio deles, e foi bastante agradável, nisto chega o Joäo, directamente da Dinamarca, e ali estavam 3 portugueses numa mesa de um bar em Praga, algo quase criminoso há apenas 17 anos atrás... Lá se reiniciou a reuniäo e claro que depois da terceira cerveja, já ninguém sabe muito bem o que é inclusäo e educaçäo näo-formal e as palavras enrolam-se...
e decide-se mudar de bar.
Fomos para um bar onde passava aquele estilo musical que dá pelo nome de drum´n bass.
Talvez eu seja ignorante na matéria, mas parece-me que se uma música dessas durar meia hora, essa meia hora torna-se um pouco monótona... a näo ser que tenhas falado com o dr Hoffman ou tenhas ido ver da Túlia. Enfim, gostos näo se discutem, lamentam-se...
Lá ficámos uma hora ou duas, até deu para jogar matraquilhos, claro que näo eram aqueles matraquilhos como deve ser, eram uns com vidro por cima, e uns bonecos todos esquisitos.
Näo me lembro de, durante a noite toda, estar sem cerveja na mäo.
Depois disso, separámo-nos por 2 casas, a de Sophie e a de Alena.
Fiquei com Alena e Simon, e lá fomos para casa dela.
Chegados lá, diz-me ela assim: só uma regra, tudo o que estiver no frigorífico é teu, usa e abusa.
Ena pá, oba oba. Senti-me confortável, foi uma boa atitude.
Na hora da deita, fomos para o quarto dela, e havia 3 soluçöes: ou dormia um no chäo e dois na cama, sendo que um destes seria a Alena, visto que a cama é dela, ou dormíamos os 3 na cama, ou eu e Simon dormíamos na cama dela e ela ia para o sofá, hipótese esta que ela propôs e refutou logo.
Acabei por dormir com ela (sem ideias porcas), e o Simon dormiu no chäo.
Eram 3 da manhä, no dia seguinte tínhamos de estar em casa de Sophie às 9 da matina e tínhamos uma festa à noite, sendo que no domingo também era dia de "trabalho". Adivinhava-se um fim-de-semana extenuante, no que toca a alcoól, claro.
A coisa mais estranha que aconteceu, foi a de eu ter acordado a meio da noite, porque tinha ficado com a sensaçäo de ter espetado uma cotovelada na Alena, mas como ela näo se queixou, voltei a adormecer...

2 comentários:

Miss Lee disse...

é mesmo de lamentar que não consigas apreciar DnB! Pode ser que, um dia, eu te mostre uma bela festarola e até passes a conseguir suportar!

Anónimo disse...

Vejo que te tratas bem :) Gostei dessa do "gostos nao se discutem, lamentam.se" grande frase :)

Um beijinho grande
Mónica