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terça-feira, 17 de julho de 2007

Ostrava

Na manhä de Quinta-Feira, 4 caras ensonadas encontraram-se na Hlavni Nádrazi (estaçäo principal): Eu, Peaches, Pauline e Aurelie.
Bas, Baeta, Marion e Olivia, com a tusa do mijo, compraram os bilhetes de autocarro täo de repente que até se esqueceram de ver de descontos... e havia um de 50% para festivaleiros.
A viagem foi suave, sem atrasos, como ia na rambóia com a Peaches, pareceu mais rápida e tudo.
Chegámos todos ao mesmo tempo à estaçäo de Ostrava, 8 voluntários com tendas, colchöes, malas e o caralho a sete.
Eu tinha um colchäo de uma espreguiçadeira, o que me dava mesmo aquele aspecto de turista Tuga, que quando vai à praia leva a lancheira, 4 bancos, colchöes insufláveis, frangos assados, chouriços e a família toda. Sou um digno embaixador...
Falei com um grupo local da Duha, para ver se conseguia um lugar para dormir, longe da lama (sim, tem chovido, alternado com dias de trintas e tais graus de braseiro), com chuveiro privado, enfim todas as paneleirices que näo se tem num festival.
Foi uma confusäo do caraças, näo sabia quantos dormíamos lá, näo sabia se o espaço era amplo, enfim, näo sabia cu.
Lá chegou o Gigi, o novo voluntário Lituano, com o Líder do grupo local, há lugar para todos, loucura, vamos embora.
Lá chegados, vimos que havia uns colchöes melhores do que aquele que tenho em casa (que se divide em três e tudo), estávamos bem instalados.
Lá armámos o estaminé e fomos para o festival.
Bem composto, comida barata (por um aéreo podias escolher um monte de cenas diferentes), embora fosse tudo frito e langonhoso.
Por falar em langonhoso, havia uma cena chamada Langoš (imagino de onde virá o nome...), uma espécie de qualquer coisa, frita, onde pöem, queijo, molho e alho... Muito marado.
Na primeira noite encontrámos mais voluntários de Ostrava, todos Alemäes, nunca tinha visto metade deles, lá me meti e tal, no paleio, e há um que me pergunta quem sou e onde estou a fazer o voluntariado, eu respondo em Praga, e o Bas diz: Ah conta-lhe a história (por causa da puta da loucura que foi o início do processo), e eu começo: era uma vez, um rapazito vindo de Portugal, e o gajo interrompe-me, esta gnda cabräo interrompe-me, para me dizer: ah vens de Portugal, tenho uma pergunta, vocês falam Espanhol ou têm um idioma próprio?
Que granda paneleiro... Olhei para o Bas, que sorria de escárnio, ele sabe bem que tripo com estas merdas, olhei para o gajo de novo "tás a gozar certo?", näo, diz-me o gajo.
Entäo disse-lhe em Português: Olha-me este cabräo, a perguntar se falo Espanhol em Portugal, havias era de comer um cagalhäo cheio da moscas, granda estúpido.
Viste a diferença? Perguntei-lhe.
Nem por isso, responde-me. Tá bem.
Digamos que a comunicaçäo a partir daí foi difícil...
Näo me fodam, um gajo de 21 anos praí, que está a fazer voluntariado (pronto, é certo que näo fez uma grande viagem), supostamente tem algum interesse na Europa, e foda-se, o nosso idioma é falado em 3 continentes! Paneleiro de Alemäo...
Os concertos foram um pouco decepcionantes.
No primeiro dia vieram uns tais de Gipsy.cz, uma mistura de música "cigana", com hip hop...
Preciso dizer mais?
Os seguintes fora, Goran Bregovic and Wedding and Funeral Band, muito na onda de Emir Kusturica, muito fixes estes Sérvios malucos.
Depois disso, foi cirandar para ver que se passava nos restantes palcos (havia o Main Stage, o Barvy, o Marley, o Hrad, a Tenda, e três outros sítios, incluindo uma igreja!)
Cansados que estávamos, andamento para casa.
Porra que está um bafo...

1 comentário:

Miss Lee disse...

havias de ter dito a esse grande paneleiro que Português é a 5º língua do mundo (apesar de espanhol ser a 4ª), falada por 200 milhões de pessoas... ao passo que o alemão é a 11ª falada apenas por pouco mais de 10 milhões de pessoas, sendo que mais se metade vive na Alemanha....