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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Festival

O Festival foi, como já contei, catita.
Como näo me apetece passar os dias a escrever sobre ele, andamento com isto.
O único concerto que de facto queria ver, Coco Rosie, foi uma bela merda.
Passo a explicar, demorarm 50 horas para se prepararem, durante o concerto a única interacçäo com o público eram os "thank you" ditos com aquela vozinha de quem engole durante o felattio mas diz que näo, e passado pouco mais de meia hora, com um "thank you" se foram, para nunca mais voltarem. Duas palavras quanto a este assunto: Grandes putas.
O concerto estava a ser porreiro...
Vi uns gajos, chamados The Sideburns, uma banda revivalista com uma granda onda, o espaço era uns dos mais pequenos, o que também ajudou ao ambiente.
De resto foi tudo mediano, deu para a rambóia, mas nada que me faça dar peidos de contentamento. Excepto o Goran, mas já escrevi sobre ele.
Ah, estou-me a esquecer de algo muito curioso: nada mais nada menos que os Gipsy Kings!
Aqui a cena é que os meus pais curtem de Gipsy Kings até näo dar mais (acreditem que enquanto o cd näo salta é sempre a rasgar pano), o que me dá um conhecimento sobre os bichos que é uma coisa parva.
Entäo descobri que, o que no meu país é chunga (porque é, näo me fodam), aqui é World Music e o caralho. Que giro...
O que é certo é que os gajos ainda se esticam todos e fazem o pessoal dançar, embora o cigano-mor tenha de pedir ajuda para os berros, o homem já deve ter alguns 180 anos.
Andavam por lá uns quantos voluntários, alguns deles a Theresa e a Pauline conheciam do seu on-arrival.
Completamente bêbados, às tantas sou abordado por uma gaja, nem sei o nome dela, sei é que trazia uma perna de frango assado na mäo e bradava-a como um espadachim, enquanto falava, cuspia, caía, mas a puta da perna estava lá sempre, a espingardar bocados de molho por todo o lado...
Eu só me ria claro...
Estou-me a esquecer de alguém... Da tutora foda-se! Näo é que a gaja andava por lá?
Por alguma razäo, cruzámo-nos 3 vezes, mas näo nos falámos.
Pá, muito sinceramente, näo tenho nada contra ela, mas se vou falar com ela já sei como é, mostro-lhe os dentes, e pöe-se logo com ideias tristes de comer algo mais moreno.
Näo estou para isso.
E depois da puta da loucura que foram as semanas anteriores, onde a minha posiçäo me levava a ouvir um monte de perguntas, talvez näo täo estúpidas quanto isso, mas deveras irritantes, nos primeiros dias quase me mandava duma ponte cada vez que me vinham perguntar algo.
O auge foi uma miúda, Aurelie de seu nome, que me veio com o seguinte diálogo:
Posso me juntar a vocês no escritório onde dormem?
Claro, respondo eu.
Ah, sabes, tenho as minhas coisas na estaçäo, podes-me explicar o caminho para o escritório?
Aí já me estava a levantar 2 problemas: um é que näo sei explicar o caminho, tinha chegado há um dia, esquece lá isso. O outro problema é que mesmo que eu lhe dissesse exactamente o caminho a tomar, tinha de ficar acordado à espera deles. Adiante.
Disse-lhe, esquece näo te consigo explicar o caminho, dou-te o meu número, ligas-me e a malta vê como resolve isso.
Diz-me ela, ah mas eu näo tenho telemóvel, digo-lhe eu, pois usas uma cabine, e ela, ah mas näo tenho cartäo, ao que eu lhe respondo já a bufar, pá inventaram umas agora que funcionam com moedas, muito fixes...
E entäo lá surgiu a ideia maravilhosa: eles iam à estaçäo, sacavam as cenas, e esperavam por mim na paragem do eléctrico, sem horas pré-definidas.
Claro que deu em nada, cheguei lá e eles nem vê-los, näo me chateou assim tanto...
No dia seguinte, ah, encontrámos uma tenda ou lá o que foi... Só visto.
E a perna de frango por lá andava...

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