Praga é, Senhoras e Senhores, do caralho. Uma cidade que apresenta programas para todos os gostos (como uma festa de Trance em que o flyer apresentava uma série de cagalhöes, numa espécie de laboratório), todos os dias, mas também uma cidade que dá que pensar.
Ora então, há um posto de trabalho no centro ( a que me recusarei peremptoriamente, prefiro borrar um pé de merda até ao pescoço), que é o de entregar panfletos ou o de segurar Menus.
Vamos lá ver se consigo explicar bem o quão estúpido acho isto.
No centro há eventos culturais (por motivos históricos, relacionados quase sempre com o Mozartio), e atentem nisto: Quem está a entregar os panfletos é um sócio "de cor" (se bem que o gajo é castanho), bem escuro (tanto para mim como, relativamente aos Praguenses, para o redor) com um chapéu enorme da cerveja Guiness!!! Eh pah, não me fodam que eu sou novo... Mesmo que eu estivesse interessado numa Ópera revivalista de sei lá quem, alguma vez um Guineense com um chapéu da Guiness é um bom augúrio? Minha nossa....
Não é tudo, ainda no centro (raios me partam, o centro turístico de Praga é uma merda), há um restaurante Italiano, e à porta desse restaurante, e quando digo à porta, é mesmo na puta da porta pois há um único caminho e ele está a tapá-lo. E quem é ele? É um sócio, de gabardina, com os sapatos todos fodidos. E de gorro.
Mensagem subliminar: Coma aqui e.... talvez fique. Para sempre.
Bem talvez alguém que leia isto pense "ai racista e o e tal", mas desenganem-se, é apenas falta de jeitinho...
Um gajo lá se vai rindo...
terça-feira, 20 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Miudagem
No âmbito da preparação de um fim-de-semana, em que vou tentar organizar uma série de workshops circenses para orfäos (agora sou um bom samaritano, porra), fui a uma cidadezita chamada Vizovice.
5 horas de viagem na sexta à noite, mais 5 no sábado depois de almoço, muita coisa tratada, e uma puta de uma ressaca que nem abria os olhos.
Cheguei as 16h, e tinha um grupo de 20 pessoas à minha espera. Todos me conheciam de Šumperk, mas eu não reconheci ninguém...
Lá fomos de popó, para o meio do nada (pergunto-me porque é que estas cenas são todas no meio do nada), e lá já estavam 88 putos checos.
Não levei nada planeado para eles, então fui designado (porque era um fim de semana relativo a Emergências e Polícia), para explicar aos miúdos como funcionava a cena na Tugolândia.
Podia ter sido pior, até correu bem.
O meu checo não para de me surpreender, de verdade. Não sou gajo para me por a falar do sentido da vida, mas já consigo falar de futebol! Um passo em frente, embora ainda não consiga por gajas a rezar. Bem, tenho tempo.
De noite, quando todos os líderes se reuniram para a converseta, e onde eu apresentei a minha proposta para o fim de semana. Rapidamente chegámos a um consenso de onde se poderia fazer, as condições e tudo o mais.
Experimentei mais uma cerveja, (uma epopeia que näo conhecerá fim, esta a de experimentar novas cervejas na Checa) de nome Zubr (ihih), e depois da segunda, há um senhor, que nem era dos mais bem dispostos, saca de uma garrafa de rum especial daquela zona, e toca de servir shots até a garrafa vazar. Vazou, trocou, uma garrafa de Stará Mislycka (o nome está mal, aposto o meu colhäo esquerdo) pra carola, e passado dois shots, disse até amanha, vou-me deitar porque tenho medo de elefantes cor-de-rosa.
Deitei-me e o efeito helicóptero tomou conta de mim, aquele efeito em que fechas os olhos e só pensas que vais cair da cama, então tive de usar o velho truque de por uma pé no chão para melhor aderência a narssa. Acordei as 8h com a luz acesa, desci para o pequeno almoço e subi de novo. Não dava.
Depois de almoço, voltei para cima, e passado uma hora, fui apanhar o comboio, o gajo que me deu boleia foi o que me pregou a piela. Cabrão pá.
Queria dormir no comboio, estava todo mamado, e a viagem era de cinco loooongas horas.
Parámos dez minutos numa estação, Birls feito de foguete, chupa, chupa, trava, trava, e tá feito.
Nem assim dormi... ca filha da putice. Bem, a birls dado não se olha a pedra.
Chegado a Praga, ainda tinha cá a Sandrita, e a minha ex...
Não foi um fim de semana muito descansado, apenas salvo por uma ida ao cinema com a Avelã dos Cárpatos (gosto muito de fruta).
A sensação de se saber exactamente aquilo que a pessoa de quem gostas sente e a maneira como se comporta, tem duas vertentes: a de se sentirem conectados, e a de saberes o que se passa na cabeça dela, e a razão pela qual sabes o que ela sente (é o mesmo que eu sinto), leva-te a segunda vertente: a gaja não bate bem.
Vou para casa procurar as chaves de casa.
5 horas de viagem na sexta à noite, mais 5 no sábado depois de almoço, muita coisa tratada, e uma puta de uma ressaca que nem abria os olhos.
Cheguei as 16h, e tinha um grupo de 20 pessoas à minha espera. Todos me conheciam de Šumperk, mas eu não reconheci ninguém...
Lá fomos de popó, para o meio do nada (pergunto-me porque é que estas cenas são todas no meio do nada), e lá já estavam 88 putos checos.
Não levei nada planeado para eles, então fui designado (porque era um fim de semana relativo a Emergências e Polícia), para explicar aos miúdos como funcionava a cena na Tugolândia.
Podia ter sido pior, até correu bem.
O meu checo não para de me surpreender, de verdade. Não sou gajo para me por a falar do sentido da vida, mas já consigo falar de futebol! Um passo em frente, embora ainda não consiga por gajas a rezar. Bem, tenho tempo.
De noite, quando todos os líderes se reuniram para a converseta, e onde eu apresentei a minha proposta para o fim de semana. Rapidamente chegámos a um consenso de onde se poderia fazer, as condições e tudo o mais.
Experimentei mais uma cerveja, (uma epopeia que näo conhecerá fim, esta a de experimentar novas cervejas na Checa) de nome Zubr (ihih), e depois da segunda, há um senhor, que nem era dos mais bem dispostos, saca de uma garrafa de rum especial daquela zona, e toca de servir shots até a garrafa vazar. Vazou, trocou, uma garrafa de Stará Mislycka (o nome está mal, aposto o meu colhäo esquerdo) pra carola, e passado dois shots, disse até amanha, vou-me deitar porque tenho medo de elefantes cor-de-rosa.
Deitei-me e o efeito helicóptero tomou conta de mim, aquele efeito em que fechas os olhos e só pensas que vais cair da cama, então tive de usar o velho truque de por uma pé no chão para melhor aderência a narssa. Acordei as 8h com a luz acesa, desci para o pequeno almoço e subi de novo. Não dava.
Depois de almoço, voltei para cima, e passado uma hora, fui apanhar o comboio, o gajo que me deu boleia foi o que me pregou a piela. Cabrão pá.
Queria dormir no comboio, estava todo mamado, e a viagem era de cinco loooongas horas.
Parámos dez minutos numa estação, Birls feito de foguete, chupa, chupa, trava, trava, e tá feito.
Nem assim dormi... ca filha da putice. Bem, a birls dado não se olha a pedra.
Chegado a Praga, ainda tinha cá a Sandrita, e a minha ex...
Não foi um fim de semana muito descansado, apenas salvo por uma ida ao cinema com a Avelã dos Cárpatos (gosto muito de fruta).
A sensação de se saber exactamente aquilo que a pessoa de quem gostas sente e a maneira como se comporta, tem duas vertentes: a de se sentirem conectados, e a de saberes o que se passa na cabeça dela, e a razão pela qual sabes o que ela sente (é o mesmo que eu sinto), leva-te a segunda vertente: a gaja não bate bem.
Vou para casa procurar as chaves de casa.
Post Scriptum
Alguem sabe o que é um Pteroponce?
Praga...
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas
não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso
evitar que ela vá a falência. Ser feliz e reconhecer que vale a pena
viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz e deixar de ser vitima dos problemas e se tornar um autor da
própria historia. E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da sua alma. E agradecer a "Deus" a cada
manhã pelo milagre da vida. Ser feliz e não ter medo dos próprios
sentimentos. E saber falar de si mesmo. E ter coragem para ouvir um
"não". E ter segurança para receber uma critica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Isto não é da minha autoria, mas é lindo e diz-me muito.
Estes últimos tempos têm sido agitados.
Certo dia cheguei ao escritório, e a nova Directora, uma jovem de não mais que 27 anos, penso eu de que, pede-me um segundo de atenção.
Eu começo a desapertar o cinto das calças, e ela diz-me "não, não é para isso", e eu ah ok, desculpa, e sentei-me.
E pergunta-me ela: bem, tivemos uma reunião, e temos uma proposta de trabalho para ti.
Que brutal! Fiquei a olhar para o ar, para as prateleiras, para as mamas dela, mas não dei resposta. Ela puxou-me para o computador, disse-me, bem isto é uma oferta de um part time, e vai dar.... 7225 Kc por mês.
Bem, não é o ordenado do ano, dá para o quarto, (que é brutal, enorme, e é o meu cantinho), e para umas merdinhas.
mas não chega para comer, nem para o passe, nem para andar na gandaia de vez em quando.
Por isso, já aceitei.
Tenho este trabalho garantido, apalavrei uma espécie de " a quarter of time", nem um part time é, com um infantário e vou tentar ensinar Português a estrangeiros. Bem, e quem sabe a Portugueses....
Nisto tudo, acabei a relação que tinha, o que deu num fim-de-semana de pesadelo, em que tive visitas, e a miúda simplesmente não descolou, e ainda tive que ouvir frases tiradas de filmes... não sou Santo, mas foda-se, a miúda não se tocou mesmo, e pernoitou no meu quarto o fim-de-semana inteiro... Jesus...
O que é certo é que conheci alguém, e essa pessoa diz-me muito.
Há pessoas com quem te dás de um modo tão natural que parece que não se passa, não se passou, nem se passará nada, tudo apenas flui, e acontece, não como um evento, mas sim como algo que evolui, como um passo depois de outro, tão natural que nem te dás conta.
E é assim que estou, sem saber se me consigo de facto apaixonar, e se sim, não sei o que fazer, senão deixar estar. E depois entro em desvairos sobre a minha própria atitude, porque teorias tenho eu muitas, mas na prática, todos sabemos que o diapasão é outro...
Já neva por esta cidade maravilhosa, e faz um frio do caralho.
Hoje há um concerto do caraças: Bonobo, grande som, e alguém me ofereceu um bilhete...
A vida, é aquilo que fazes dela. Por vezes um sorriso muda tudo à tua volta. Verdade.
não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso
evitar que ela vá a falência. Ser feliz e reconhecer que vale a pena
viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz e deixar de ser vitima dos problemas e se tornar um autor da
própria historia. E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da sua alma. E agradecer a "Deus" a cada
manhã pelo milagre da vida. Ser feliz e não ter medo dos próprios
sentimentos. E saber falar de si mesmo. E ter coragem para ouvir um
"não". E ter segurança para receber uma critica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Isto não é da minha autoria, mas é lindo e diz-me muito.
Estes últimos tempos têm sido agitados.
Certo dia cheguei ao escritório, e a nova Directora, uma jovem de não mais que 27 anos, penso eu de que, pede-me um segundo de atenção.
Eu começo a desapertar o cinto das calças, e ela diz-me "não, não é para isso", e eu ah ok, desculpa, e sentei-me.
E pergunta-me ela: bem, tivemos uma reunião, e temos uma proposta de trabalho para ti.
Que brutal! Fiquei a olhar para o ar, para as prateleiras, para as mamas dela, mas não dei resposta. Ela puxou-me para o computador, disse-me, bem isto é uma oferta de um part time, e vai dar.... 7225 Kc por mês.
Bem, não é o ordenado do ano, dá para o quarto, (que é brutal, enorme, e é o meu cantinho), e para umas merdinhas.
mas não chega para comer, nem para o passe, nem para andar na gandaia de vez em quando.
Por isso, já aceitei.
Tenho este trabalho garantido, apalavrei uma espécie de " a quarter of time", nem um part time é, com um infantário e vou tentar ensinar Português a estrangeiros. Bem, e quem sabe a Portugueses....
Nisto tudo, acabei a relação que tinha, o que deu num fim-de-semana de pesadelo, em que tive visitas, e a miúda simplesmente não descolou, e ainda tive que ouvir frases tiradas de filmes... não sou Santo, mas foda-se, a miúda não se tocou mesmo, e pernoitou no meu quarto o fim-de-semana inteiro... Jesus...
O que é certo é que conheci alguém, e essa pessoa diz-me muito.
Há pessoas com quem te dás de um modo tão natural que parece que não se passa, não se passou, nem se passará nada, tudo apenas flui, e acontece, não como um evento, mas sim como algo que evolui, como um passo depois de outro, tão natural que nem te dás conta.
E é assim que estou, sem saber se me consigo de facto apaixonar, e se sim, não sei o que fazer, senão deixar estar. E depois entro em desvairos sobre a minha própria atitude, porque teorias tenho eu muitas, mas na prática, todos sabemos que o diapasão é outro...
Já neva por esta cidade maravilhosa, e faz um frio do caralho.
Hoje há um concerto do caraças: Bonobo, grande som, e alguém me ofereceu um bilhete...
A vida, é aquilo que fazes dela. Por vezes um sorriso muda tudo à tua volta. Verdade.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Por essa Checa afora
As viagens pelo país não têm abundado, ou por falta de tempo, ou por falta de paciência, ou porque sou estúpido.
Oportunidades não faltam, Há o Tamjdem e pessoal a ir para um lado e para o outro, o que, aqui, faz com que os bilhetes sejam mais baratos. Os bilhetes descem de preço consoante o número de pessoas (com um limite, obviamente).
Mas fui a Šumperk (Quê? Šumperk!) que ninguém (nem os Checos) sabem onde fica, mas havia lá uma grande acção da Duha, lá foram todos os representantes (pelo menos alguns) para Šumperk (acho que começo a gostar de escrever Šumperk).
300 putos, e uma tentativa de bater o recorde mundial do maior número de pessoas a tocar instrumentos (mas não a fazer musica, isso seria pedir demais), eram a publicidade ao evento, a par com uns nomes musicais de origem dúbia, como o famigerado Honza Krtcek.
Tínhamos a informação de que dispúnhamos de 10000Kc para fazermos o nosso stand, o que é cerca de 300 aéreos. Que jeitinho que davam...
Chegámos a um acordo: fazer uma espécie de Chill and Chat Area, onde a malta pudesse vir, beber um café ou um chá, e ver o que é a Duha, o que é que fazemos, que oportunidades há a nível europeu, conhecer a malta e mais o que viesse.
Como tudo, quando não há organização, é a puta da loucura.
No dia do evento, nada montado, ninguém sabia de coisas que precisávamos, enfim, nada de novo quando se é voluntário.
Eu e o Martin (posso dizer que é o meu mano Checo), estávamos esperançados que houvesse para lá umas gajas boas, sempre um gajo explicava com mais vontade o que era o SVE, nem que fosse atrás da tenda...
As esperanças foram por terra assim que vimos o público que frequentava o espaço, variava entre: demasiado novas, e velhas que até metia dó.
O evento nem foi assim muito animado, só para terem uma ideia, o momento mais alto da noite foi quando preguei um cagaço ao Martin enquanto ele mijava.
Nesse tempo, despedimos-nos de Mr. G., um Lituano com ar cool, e alcoólico. (Isto de aliteraçöes entre duas línguas é muito à frente).
Não éramos muito próximos, mas havia uma relação, eu percebia-o, e ele sabia disso.
E por muito que me despeça de pessoas... não me habituo.
Oportunidades não faltam, Há o Tamjdem e pessoal a ir para um lado e para o outro, o que, aqui, faz com que os bilhetes sejam mais baratos. Os bilhetes descem de preço consoante o número de pessoas (com um limite, obviamente).
Mas fui a Šumperk (Quê? Šumperk!) que ninguém (nem os Checos) sabem onde fica, mas havia lá uma grande acção da Duha, lá foram todos os representantes (pelo menos alguns) para Šumperk (acho que começo a gostar de escrever Šumperk).
300 putos, e uma tentativa de bater o recorde mundial do maior número de pessoas a tocar instrumentos (mas não a fazer musica, isso seria pedir demais), eram a publicidade ao evento, a par com uns nomes musicais de origem dúbia, como o famigerado Honza Krtcek.
Tínhamos a informação de que dispúnhamos de 10000Kc para fazermos o nosso stand, o que é cerca de 300 aéreos. Que jeitinho que davam...
Chegámos a um acordo: fazer uma espécie de Chill and Chat Area, onde a malta pudesse vir, beber um café ou um chá, e ver o que é a Duha, o que é que fazemos, que oportunidades há a nível europeu, conhecer a malta e mais o que viesse.
Como tudo, quando não há organização, é a puta da loucura.
No dia do evento, nada montado, ninguém sabia de coisas que precisávamos, enfim, nada de novo quando se é voluntário.
Eu e o Martin (posso dizer que é o meu mano Checo), estávamos esperançados que houvesse para lá umas gajas boas, sempre um gajo explicava com mais vontade o que era o SVE, nem que fosse atrás da tenda...
As esperanças foram por terra assim que vimos o público que frequentava o espaço, variava entre: demasiado novas, e velhas que até metia dó.
O evento nem foi assim muito animado, só para terem uma ideia, o momento mais alto da noite foi quando preguei um cagaço ao Martin enquanto ele mijava.
Nesse tempo, despedimos-nos de Mr. G., um Lituano com ar cool, e alcoólico. (Isto de aliteraçöes entre duas línguas é muito à frente).
Não éramos muito próximos, mas havia uma relação, eu percebia-o, e ele sabia disso.
E por muito que me despeça de pessoas... não me habituo.
domingo, 4 de novembro de 2007
Prague Life
E dois de rajada! O homem está maluco.
A minha vida em Praga tem estado, ora apática, ora frenética.
Apática porque näo muda muito o diapasäo, e frenética porque por vezes muda tanta coisa que sinto que renasci para uma nova vida.
Que se tem passado nestes ultimos tempos? Hmm...
Tive cá um grupo de voluntários (8), que foram o meu maior desafio nos últimos tempos em termo de compreensäo de pessoas.
Oito marmanjos, divididos igualmente por sexo, e espalhados na faixa etária dos 20-26, andaram dois meses às voltinhas na República Checa, e nos restantes dois meses que lhes restavam aqui na Checa, tinham que compor algum tipo de suporte informativo para a Duha.
Foi difícil para mim a maneira como se trabalhava, no princípio era tudo cheio de grandes frases e ditos, que deixava transparecer regras e alguma organizaçäo, mas foi tudo fogo de vista, a confusäo era mais que muita, e cada vez que os tentava ajudar, via-me embrulhado numa confusäo de informaçäo e contra-informaçäo, que vindos de pessoas que "trabalhavam" na mesma sala, mais parecia a Guerra Fria.
Em dois meses, näo conheceram a cidade, visto que passavam horas a "trabalhar" no escritório, e por cá ficavam até altas horas.
Depois entrava em conflito comigo mesmo, pensando primeiro: que cambada de atrasados mentais, para depois pensar: mas säo voluntários estäo a curtir a deles. E voltava a pensar: que atrasados mentais...
Um dia, estando eu com a miuda em casa, a uma sexta, que eu resolvi "tirar", ligam-me do office, ah entäo hoje vens ou quê? Ya na boa, meia hora (isto tudo foi em Checo, registe-se).
Porquê, pergunto eu- ah é que temos uma reuniäo e blá blá blá...
Entäo lá vou eu, chego ao escritório e... está tudo a fazer desenhos, juro-vos que me senti numa sessäo de terapia para atrasadinhos mentais... Com todo o respeito por estes últimos. Depois desta visäo do inferno, começa pessoal a ir embora, ficando eu, o Joäo, mais a coordenadora par a reuniäo... Porque é que näo fiquei em casa...?
É de um gajo ficar maluco.
Entretanto, metade já se foi, e näo sinto a falta deles por aí além, apenas me faz pensar neste vai-vem de pessoas que tem sido a minha vida ultimamente...
Ai, um dia dou em larilas.
A minha vida em Praga tem estado, ora apática, ora frenética.
Apática porque näo muda muito o diapasäo, e frenética porque por vezes muda tanta coisa que sinto que renasci para uma nova vida.
Que se tem passado nestes ultimos tempos? Hmm...
Tive cá um grupo de voluntários (8), que foram o meu maior desafio nos últimos tempos em termo de compreensäo de pessoas.
Oito marmanjos, divididos igualmente por sexo, e espalhados na faixa etária dos 20-26, andaram dois meses às voltinhas na República Checa, e nos restantes dois meses que lhes restavam aqui na Checa, tinham que compor algum tipo de suporte informativo para a Duha.
Foi difícil para mim a maneira como se trabalhava, no princípio era tudo cheio de grandes frases e ditos, que deixava transparecer regras e alguma organizaçäo, mas foi tudo fogo de vista, a confusäo era mais que muita, e cada vez que os tentava ajudar, via-me embrulhado numa confusäo de informaçäo e contra-informaçäo, que vindos de pessoas que "trabalhavam" na mesma sala, mais parecia a Guerra Fria.
Em dois meses, näo conheceram a cidade, visto que passavam horas a "trabalhar" no escritório, e por cá ficavam até altas horas.
Depois entrava em conflito comigo mesmo, pensando primeiro: que cambada de atrasados mentais, para depois pensar: mas säo voluntários estäo a curtir a deles. E voltava a pensar: que atrasados mentais...
Um dia, estando eu com a miuda em casa, a uma sexta, que eu resolvi "tirar", ligam-me do office, ah entäo hoje vens ou quê? Ya na boa, meia hora (isto tudo foi em Checo, registe-se).
Porquê, pergunto eu- ah é que temos uma reuniäo e blá blá blá...
Entäo lá vou eu, chego ao escritório e... está tudo a fazer desenhos, juro-vos que me senti numa sessäo de terapia para atrasadinhos mentais... Com todo o respeito por estes últimos. Depois desta visäo do inferno, começa pessoal a ir embora, ficando eu, o Joäo, mais a coordenadora par a reuniäo... Porque é que näo fiquei em casa...?
É de um gajo ficar maluco.
Entretanto, metade já se foi, e näo sinto a falta deles por aí além, apenas me faz pensar neste vai-vem de pessoas que tem sido a minha vida ultimamente...
Ai, um dia dou em larilas.
Lyon
Bem, até estou emocionado (já larguei três gases e tudo) de voltar a escrever neste meu adorado registo (diário é altamente apaneleirado), depois de... muito tempo.
Tentarei näo maçar a malta com looooongos textos acerca coisas da tanga e com palavröes em vez da vírgula, já sou crescidinho caralho.
Em Lyon foi a loucura instalada, depois de lá chegar, constatei que a Naima tinha-se posto nelas, e eu e a Sandrita näo tínhamos onde ficar.
Calma? Calma o caralho, estava cheio de fome, e a única soluçäo que nos pareceu viável foi a de irmos a um sítio com wi-fi. E que lugar se apresentou? O MacDonalds...
Cheios de fome, toca a pesquisar o hospitality club, e o couch surfers, na esperança vaga de que algum papa-räs nos desse guarida.
Nada surgiu, a näo ser uma mensagem de Naima: coiso, que podem ligar ao meu amigo David, o que fizemos e puf! Fez-se um tecto para dormir.
Ligámos ao gajo, sim senhora (näo percebia grande coisa de Inglês, mas dizia que sim a tudo, o que facilitou).
Quando nos encontrámos, tudo bem, tranquilo, siga, tudo cinco estrelas. Nada se passou descansem, eu é que fiquei um pouco baralhado, apareceram dois tipos, um com um casaco verde fluorescentre, e o outro com um casaco cor de laranja. Lindas.
Lá dentro a conversa mudou, depois da janta (cozinharam pasta), sentaram-se começaram para lá a desbaratar, aquilo é que foi.
O dono da casa era um ex-dependente de estupidofaccientes, artista, rico... enfim.
Grande casa, viva ao luxo, tudo impecável, e o homem lá se queixava, enquanto dizia à Sandrita "tens a voz mais bela do mundo para falar francês". Brr.... que romantismo reles.
O outro lá contava as suas aventuras de engates internacionais, devido ao seu sotaque "querido" (os cabröes sabem-na toda).
Foram uns fixes, ficámos lá mesmo em grande.
No dia seguinte nem fizemos muito, tínhamos que tratar dos bilhetes de volta, (ela para Barcelona, eu para Praga city), e depois desatou a chover que foi uma coisa estúpida, e lá fomos para caselas depois das compras.
Ficámos lá sozinhos o dia e a noite toda, até dormimos juntos, e nada aconteceu... ainda hoje estou para saber como. Raios...
A viagem de volta foi calmíssima, chegado a Praga, senti-me... em casa.
Tentarei näo maçar a malta com looooongos textos acerca coisas da tanga e com palavröes em vez da vírgula, já sou crescidinho caralho.
Em Lyon foi a loucura instalada, depois de lá chegar, constatei que a Naima tinha-se posto nelas, e eu e a Sandrita näo tínhamos onde ficar.
Calma? Calma o caralho, estava cheio de fome, e a única soluçäo que nos pareceu viável foi a de irmos a um sítio com wi-fi. E que lugar se apresentou? O MacDonalds...
Cheios de fome, toca a pesquisar o hospitality club, e o couch surfers, na esperança vaga de que algum papa-räs nos desse guarida.
Nada surgiu, a näo ser uma mensagem de Naima: coiso, que podem ligar ao meu amigo David, o que fizemos e puf! Fez-se um tecto para dormir.
Ligámos ao gajo, sim senhora (näo percebia grande coisa de Inglês, mas dizia que sim a tudo, o que facilitou).
Quando nos encontrámos, tudo bem, tranquilo, siga, tudo cinco estrelas. Nada se passou descansem, eu é que fiquei um pouco baralhado, apareceram dois tipos, um com um casaco verde fluorescentre, e o outro com um casaco cor de laranja. Lindas.
Lá dentro a conversa mudou, depois da janta (cozinharam pasta), sentaram-se começaram para lá a desbaratar, aquilo é que foi.
O dono da casa era um ex-dependente de estupidofaccientes, artista, rico... enfim.
Grande casa, viva ao luxo, tudo impecável, e o homem lá se queixava, enquanto dizia à Sandrita "tens a voz mais bela do mundo para falar francês". Brr.... que romantismo reles.
O outro lá contava as suas aventuras de engates internacionais, devido ao seu sotaque "querido" (os cabröes sabem-na toda).
Foram uns fixes, ficámos lá mesmo em grande.
No dia seguinte nem fizemos muito, tínhamos que tratar dos bilhetes de volta, (ela para Barcelona, eu para Praga city), e depois desatou a chover que foi uma coisa estúpida, e lá fomos para caselas depois das compras.
Ficámos lá sozinhos o dia e a noite toda, até dormimos juntos, e nada aconteceu... ainda hoje estou para saber como. Raios...
A viagem de volta foi calmíssima, chegado a Praga, senti-me... em casa.
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