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terça-feira, 24 de abril de 2007

Berlim

Está na hora de recuperar o tempo perdido, e recomeçar a partilhar as minhas desventuras com os interessados, mesmo que por esta altura sejam 4 ou 5.
Pois cá vai, a viagem para Berlim foi fixe, fui de carro com o Cao, a Alena e a Sophie, estas últimas minhas futuras colegas, já lá chegarei.
Fui até ao norte da Checa, passando por Usti nad Labem (também conhecido por Usti bla bla bla), e por Dresden (já na Alemanha), onde consta que vive um encantador de salsichas Bratwurst.
Chegados a Berlim, fomos direitosa a casa do Veikko, onde já estava Simon.
Assim que chegámos, o tema de conversa foi: almoço, e todas as caras se viraram para mim... raios partam esta gente que não aprende a cozinhar nada para além de massa com esparguete.
Depois da papança, (que foi uma tentativa de chop suey de vegetais, estava-me a apetecer cozinha radical, daquela onde até se comem cães e tudo) fomos reunir-nos num bar lá perto, em Warschauer Straße.
Foi o meu primeiro contacto com a cultura Germânica: uma cerveja, 2 euros e meio...
Porra, tudo bem que são o país da cerveja e mais o caralho a sete, mas porem cerveja a este preço, ainda para mais quando se vem dum sítio onde a cerveja é tão boa ou melhor, e custa 50c... Criminosos pá!
A reunião foi um tanto... secante, o Cao ainda tentou dar o golpe do: ah, se calhar os tugas vão dar uma volta, mas não pegou, e por lá ficámos, completamente a lê-las.
Mais logo, Veikko ficou de ir buscar uma espanhola, e eu desde que sei que sei falar espanhol, tenho a mania que sou o Rámon Serrano, e lá fui eu, com o Veikko já todo bêbado, buscar Marta, a Espanhola.
Marta é engraçadinha, tem aquele sorriso fácil, mas por vezes rasga-o tanto que parece que está a beber uma colherada de óleo de figado de bacalhau.
Lá fomos falando, ela a pensar que eu era Espanhol, não por causa do meu sotaque perfeito, mas porque toda a gente que me vê julga que sou Espanhol, o que é uma sina de merda. Chegou ao cúmulo de ter pedido uma cerveja num bar, em alemão, e ter recebido como resposta: una cerveza? -Coño, chupa mi polla!
Voltando à Marta, ao entrarmos no bar, tirei o meu gorro à Comandante Marcos, e sentei-me.
Marta, depois de termos estado lá fora a falar, dirige-se a mim dizendo: olá eu sou a Marta.
Disse-lhe muito devagar: estás parva, estive contigo lá fora nem há 2 minutos!!
Isto em Espanhol, que começa por um querido: estas tonta?
Berlim é caro como o raio, à noite fomos a um sitio altamente bizarro, uma espécie de largo com armazéns abandonados, alguns eram bares, (estive num de reaggae), e outros havia bem compostos, com rappers wannabes a darem "show", chamemos-lhe assim.
Veio um black de rastas, e dirige-se a mim em... Espanhol está claro. Queres Marijuana, pergunta o gajo. E eu, quero pois. E ele, quanto? E eu; quê, tenho de pagar??
O gajo não achou muita piada...
Já volto, hoje joga o Man U e não vejo um jogo de futebol há tomates.
Vivam os abraços...

1 comentário:

Miss Lee disse...

só eu e o meu interesse valemos por 10 ou mesmo poe 20!!