Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dia das Bruxas

Tia..? Brr...
Um gajo, depois de voltar seja de onde for, precisa de um evento local para se sentir de volta. Caso contrário, nunca chegas. Ou por outra, chegas e não chegas, porque sendo as duas realidades possíveis, então têm de ser ambas reais. Certo? Talvez. O importante é que o dia das bruxas estava à porta, e depois de uns dias a recuperar dos ares da Ucrânia (a Iza jura que me viu brilhar no escuro), onde deixei de fumar e de beber (não Lee e Pires, de foder não deixei), e porque a Iza queria (sou um conas às vezes) lá "celebrámos" o Halloweenamos.
Nunca me tinha mascarado para o Halloween, mas ao fazê-lo, apercebi-me que não passa de um Carnaval em Outubro, sendo a única diferença é a tendência para cenas com sangue e bruxas, sendo que no carnaval, 70% da população masculina portuguesa mascara-se de gaja, 20% de Mantorras e os restantes 10% não se mascaram de todo, mas gostavam de o fazer.
Agora que tenho uma granda gadelha (a par com o bacamarte), foi só pôr uma espécie de bibe, lavar o cabelo (todos os domingos, não falha), e tá feito, JC goes to party.
Há um bar aqui em Praga que cheira mal, tem má cerveja, tem uma casa de banho e está toda rebentada, é frequentada por gays, bissexuais e pessoas que não falam Checo, e eu moro lá ao lado. Portanto, claro que fui lá "festejar" o Halloween. Dessa noite reza pouco. Chegámos, vimos pessoal conhecido (impossível não acontecer), e como é um sitio especialmente para "expatrias", todos querem ser o teu novo amigo. Vais ao balcão buscar uma cerveja e uma gaja pergunta "quem és tu?", ao que eu respondo "és cega, caralho?". Depois, enquanto espero pela cerveja, tocam-me nas costas, e é uma loira que me diz que pareço um gajo dum filme qualquer. Pergunto-me se não será um filme com Jesus, mas estou demasiado aborrecido para responder e digo apenas: tabém. Mais à frente uma gaja puxa-me e diz para um amigo: este é o Pedro, o tal que trabalha com voluntariado, e faz montes de coisas diferentes. Sorrio, penso "foda-se mal falo com esta gaja, e ela pensa que eu faço bué coisas, deixa-me bazar antes que se saiba a verdade", e saio de fininho, dizendo que tenho de ir cagar (resulta sempre, ninguém responde ou pede detalhes).
A noite podia ser porreira mas nenhum do pessoal paneleiro que disse que vinha não veio, e assim sendo só apanhei o gajo dos Toto e a eterna frígida. Ambos não estavam mascarados.
Então passou-se que, depois de beber duas cervejas com gostinho a manteiga (deve ser dos canos), e um pé de dança, fui para casa beber cerveja a sério e ver um filme.
Noite do buff...

Sem comentários: