Domingo 21:24, Diário Interestelar:
Mal posso caminhar, cada passo que dou sinto as dores que me atrofiam os músculos, fazendo as pernas vacilar a cada passo que dou. Este sentimento, em conjunto com a sonolência que o fluxo constante de sangue me dá, faz-me sentir esgotado, desidratado, e mal posso abrir os olhos. Nunca mais passo o fim-de-semana a pinar.
O meu novo posto no trabalho não está a correr mal, já tenho uns campos de trabalho garantidos (uma espécie de campos de férias onde se ajuda uma outra Organização ou um particular), e outros em lista de espera. O mais maluco que vou tentar organizar é num cemitério. Enterrados nesse cemitério estão Alemães que viviam no Norte da República Checa. Idos os Alemães, o cemitério foi votado a um abandono desrespeitoso. O objectivo é tentar fazer o link entre os familiares dos falecidos, tornar a situação do conhecimento geral e juntar um grupo de voluntários que terá de ser doido, o trabalho proposto é limpar sepulturas.
A mudança de trabalhador em part time, para todo poderoso Coordenador dos Workcamps ocorreu de maneira engraçada: tinha apalavrado a mudança com a minha boss, mas nunca mais se falou do assunto. Chegou a uma altura (por volta de 18 de Dezembro), em que eu tinha de saber o quando e o como, porque estava a trabalhar no restaurante Espanhol e a dar aulas de Português e tinha de saber como ia ser a minha vida. Então perguntei à minha boss "como é a nossa vida?" E ela disse: ah, pois já és full time desde o início do mês... Mais valia ter ficado calado e andava a fazer vidinha de part time o mês todo, mas depois de ter perguntado tive de estar todos os dias 8 horas no office.
Por outro lado liguei logo para o restaurante a cancelar as minhas viagens a Espanha, e as lições ocupavam-me demasiado tempo e cancelei-as também. Agora ando com uma vidinha... à maneira.
E as pessoas continuam a ir e a ver, e as que são de cá, são como as de lá. Nada muda, apenas se transforma já dizia o outro. A propósito quero deixar aqui bem expresso que o Descartes era um otário.
Agora tenho de ir que tenho a Krystyna à espera. Ultima frase: tenho um fraquinho por ti. Bolas, não quero nada com ela... Digo sempre isto antes de fazer merda.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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