E dois de rajada! O homem está maluco.
A minha vida em Praga tem estado, ora apática, ora frenética.
Apática porque näo muda muito o diapasäo, e frenética porque por vezes muda tanta coisa que sinto que renasci para uma nova vida.
Que se tem passado nestes ultimos tempos? Hmm...
Tive cá um grupo de voluntários (8), que foram o meu maior desafio nos últimos tempos em termo de compreensäo de pessoas.
Oito marmanjos, divididos igualmente por sexo, e espalhados na faixa etária dos 20-26, andaram dois meses às voltinhas na República Checa, e nos restantes dois meses que lhes restavam aqui na Checa, tinham que compor algum tipo de suporte informativo para a Duha.
Foi difícil para mim a maneira como se trabalhava, no princípio era tudo cheio de grandes frases e ditos, que deixava transparecer regras e alguma organizaçäo, mas foi tudo fogo de vista, a confusäo era mais que muita, e cada vez que os tentava ajudar, via-me embrulhado numa confusäo de informaçäo e contra-informaçäo, que vindos de pessoas que "trabalhavam" na mesma sala, mais parecia a Guerra Fria.
Em dois meses, näo conheceram a cidade, visto que passavam horas a "trabalhar" no escritório, e por cá ficavam até altas horas.
Depois entrava em conflito comigo mesmo, pensando primeiro: que cambada de atrasados mentais, para depois pensar: mas säo voluntários estäo a curtir a deles. E voltava a pensar: que atrasados mentais...
Um dia, estando eu com a miuda em casa, a uma sexta, que eu resolvi "tirar", ligam-me do office, ah entäo hoje vens ou quê? Ya na boa, meia hora (isto tudo foi em Checo, registe-se).
Porquê, pergunto eu- ah é que temos uma reuniäo e blá blá blá...
Entäo lá vou eu, chego ao escritório e... está tudo a fazer desenhos, juro-vos que me senti numa sessäo de terapia para atrasadinhos mentais... Com todo o respeito por estes últimos. Depois desta visäo do inferno, começa pessoal a ir embora, ficando eu, o Joäo, mais a coordenadora par a reuniäo... Porque é que näo fiquei em casa...?
É de um gajo ficar maluco.
Entretanto, metade já se foi, e näo sinto a falta deles por aí além, apenas me faz pensar neste vai-vem de pessoas que tem sido a minha vida ultimamente...
Ai, um dia dou em larilas.
domingo, 4 de novembro de 2007
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